quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Amsterdam-Hollande


Chegamos em Amsterdã de trem, era uma tarde e o tempo não estava bom. Nós tínhamos impresso o endereço do hotel com as coordenadas para chegar até lá. Quase todo mundo em Amsterdã fala inglês, mesmo assim não é fácil pronunciar os nomes locais. Amsterdã tem mais ou menos um formato oval, o que a torna difícil de se localizar. Quando você pensa que está em uma rua, você já entrou em outra completamente oposta a desejada. Enfim, pegamos o ônibus e logo de cara o motorista(um marroquino)falou comigo em francês, não entendi porquê, o que interessa é que ele foi super legal e deixou a gente na cara do gol. Eu estava curiosissíma pra conhecer o nosso hotel. Mesmo na cara do gol a gente não conseguia se localizar, o jeito foi perguntar. Por sorte perguntamos ao vizinho de Ben, o proprietário do barco (ben's boat and breakfast) onde ficaríamos hospedados. Quando eu mostrei o papel (eu não sabia dizer o nome da rua, rsrs), ele disse: follow-me! (me sigam), se acabando de rir. Ainda disse que Ben fazia um café da manhã maravilhoso. Tocamos a campainha, Ben abriu a porta com um sorriso enorme no rosto e nos mostrou a nossa casa-barco dos próximos 4 dias. Gente, que lugarzinho maravilhoso é aquele! Seria verdade mesmo que a gente estava ali? Parecia um sonho. Naquele momento eu me apaixonei por Amsterdã, não precisava de mais nada. Eu só dizia pra Ben: I'm happy!
Ele é um cara super simpático e prestativo. O barco tem dois espaços, a casa dele e a casa que ele aluga. Ou seja, a gente fica literalmente "em casa". Mesmo estando num barco o conforto é o mesmo ou melhor. Foi sem sombras de dúvidas o melhor hotel de toda a viagem. Mas para quem enjôa em barco é melhor ficar em terra firme mesmo. Eu senti um pouquinho de enjôo, Be não sentiu nada.


Bem, depois de toda a nossa apaixonite por nossa casa, rsrs, saímos para comer. O tempo não estava legal e infelizmente a previsão era de chuva para os próximos 2 dias.
Dia seguinte acordamos naquele paraíso; Ben já tinha deixado o nosso café da manhã no hall de casa. É tudo tão fofo, até o café era diferente, rsrs.
Mesmo com a chuva e o frio nós andamos bastante por Amsterdã. Aproveitamos o mau tempo para visitar os museus de Anne Frank e Van Gogh; nos dois tínham fila. Enquanto esperávamos no Anne Frank, Be descobriu um lugar que vendia o Van Gogh, ótimo, menos uma fila. O museu de Anne Frank é emocionante! É difícil de imaginar que ela e a sua família ficaram escondidos ali durante tanto tempo na 2ª guerra mundial por serem judeus. É de arrepiar. No final do museu tem uma exposição sobre as diferenças entre as pessoas e o respeito que deve existir nas sociedades. À propósito, eu achei isso incrível em Amsterdã, como as pessoas convivem bem com as diferenças, sejam elas quais forem.
O museu Van Gogh é bem legal. Como eu era leiga em arte, descobri algumas coisas que eu nem tinha noção que gostava e fiquei encantada com a vida e as obras de Vincent Willem van Gogh. Nós compramos uma pequena réplica de uma das obras que ele mais gostou: o quarto. Vale muito a pena conhecer esse museu.
Fízemos um passeio de barco pelos vários e lindos canais da cidade. Uma curiosidade são as casas de Amsterdã. Elas são inclinadas para frente e tem um gancho em cima para içar os móveis, já que estes não passam pelas pequenas portas.


Felizmente, o terceiro dia amanheceu lindo. Corremos pra alugar uma bicicleta. Tem várias locadoras pela cidade, as bicicletas são vermelhas e mostram logo que somos turistas. Por um lado isso é ótimo, pois os motoristas ficam mais atentos e se por acaso você não entender uma placa não se assuste, eles irão parar e dar a preferência à você. O problema da bicicleta é que o freio é contra pedal e por causa disso eu tomei o maior quedão e fiquei com a bunda roxa durante toda a viagem.
Passamos o dia observando Amsterdã. Existe coisa melhor? Andar de bicicleta por seus inúmeros canais, descobrir seus segredos e sua história e tentar conhecer o que um amsterdanês(??!?) vive.
Almoçamos num restaurante chamado Brasserie Café Loetje. Eu tinha lido em um blog que é lá que se come o melhor filé com fritas da cidade. E nós aprovamos! Além disso, a sobremesa não fica atrás não - sticky toffee pie - uma delícia.
Fomos também no Heineken Experience, que sinceramente não vale o que pagamos, não é tão interessante, mas no final fica todo mundo feliz por causa das 2 cervejas que eles dão. Passamos no Red Light District, o bairro vermelho onde a prostituição é um comércio como qualquer outro. Achei bem interessante e engraçado porque você vai andando e de repente você vê uma mulher de lingerie numa vitrine, aí você se dá conta de que está ali. Visitamos o coffee shop mais famoso, o the bulldog , que é no meu ponto de vista mais um ponto turístico que todo mundo tem curiosidade em conhecer. Mas, sinto informar que quem conheceu, conheceu. Existe um projeto para proibir a entrada de turistas em todos os coffees à partir de dezembro deste ano.
Nosso último dia foi muito especial. Ben nos deu uma dica de ir conhecer Schellingwoude, que é um pequena cidade que fica a leste de Amsterdã. Atravessamos de barco com a bicicleta (têm barcos de graça que saem a cada 10 minutos para as ilhas e ciclovias em todos os lugares). Paramos numa barraquinha típica para comer os peixinhos fritos que são uma delícia! Shellingwoude é muito especial, parece uma cidade de boneca, me emocionei muito ali. Depois seguimos para Dergerdam que é uma outra pequena cidade e muito linda também, na beira do rio, uma paz. Aqui, eu tive uma outra noção de vida, o que é viver praticamente dentro da água e ter como meio de transporte um barco.
Amsterdã ganhou o nosso coração por inteiro, toda hora eu perguntava a Be o que a gente tá fazendo em Montréal, rsrs. A cidade tem um conjunto de coisas que nós gostamos muito. A segurança, a qualidade de vida, o respeito ao próximo e principlmente, a liberdade. Além de tudo isso, o transporte principal é a bicicleta! É ou não é o paraíso?
Daqui seguiremos para Milão, Itália.

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