terça-feira, 14 de agosto de 2012

VANCOUVER


     Olá a todos. Eu ando super atrasada com o blog mas  tenho muitas novidades para contar. A última viagem foi Vancouver. Passei 5 semanas lá participando do programa Explore que é uma bolsa de estudo patrocinada pelo governo canadense para que a gente aprenda a segunda (ou terceira...)  língua. Como a gente pode escolher à cidade, a minha primeira opção foi Vancouver, claro! Ir pra Vancouver foi um presente do Universo, não só por estar fincada naquela natureza linda que é Vancouver mas também pela oportunidade de estar sozinha numa cidade onde eu não domino (continuo não dominando) a língua e tendo que me virar da melhor forma possível. Isso, realmente, é um crescimento único.
     Cheguei em Vancouver com um grupo de pessoas que eu tinha conhecido pelo facebook. Dividimos o táxi e chegamos na residência da UBC (University of British Columbia). A residência é um hostel, cada um tem o seu quarto e a cozinha e o banheiro são divididos. É tudo muito organizado, não tive do que me queixar. Fiquei num quarto ótimo, no segundo andar com a vista linda da natureza. A UBC é uma universidade sem comentários, que lugar lindo, meu Deus!!! Todos os dias para ir pra aula eu passava no meio de uma floresta. O campus é enorme, é bem comum a gente ensinar alguém, ou o contrário, a chegar em algum lugar. Em frente a UBC tem uma praia de nudismo bem legal que é frequentada por todos. Final do dia eu sempre ia lá, fazer um exercício físico ou tomar um sol quando este resolvia aparecer.
      O esquema de aulas era bem pesado. A gente tinha aula todos os dias até as 3 da tarde. Depois disso tinham os programas para fazer com a turma. Éramos na faixa de umas 120 pessoas, o problema é que a grande maioria dos quebequenses não se empolgavam pra falar inglês, então eu tive que cair fora do grupo. No final, essa foi a melhor decisão que eu tomei.
     Como o ditado diz : nunca estamos sozinhos nessa vida, acabei conhecendo uma pessoa muito querida, uma peruana, da mesma idade que eu.  A gente se divertia muito falando inglês o tempo inteiro. Pegamos um mapa da cidade e em apenas 4 dias eu já estava dominando Vancouver. Carolina (minha new amiga) não se interessava muito por mapas mas o melhor é que ela confiava no meu ‘’equilíbrio geográfico’’, hahaha.
     Primeiro passeio de boas vindas foi num navio navegando pelos canais de Vancouver. Tivemos uma vista maravilhosa da cidade com um Dj tocando e muita comida e bebida. Foi massa!!! Todo o tempo eu pensava : deus não dá asa a cobra, ehehe. Porque estar em Vancouver sempre foi o sonho de Bernardo e quem estava ali era eu. Vivendo uma coisa que ele iria se amarrar completamente.
    No primeiro final de semana, nos fomos visitar o Lynn Canyon que é uma linda cachoeira com uma ponte suspensa. Muitos Vancouverities (quem nasce em Vancouver) vão lá para fazer exercício físico. Depois do Lynn Canyon, eu e Carolina fomos para North Van (norte Vancouver) conhecer a Grouse Mountain. Pegamos dois ônibus pra ir e ônibus e aquabus (ônibus aquático) pra voltar e dali a gente percebeu que o transporte público funciona perfeitamente bem. Para pegar ônibus tem que comprar o ticket antes, eles são vendidos em farmácias. Tem o bloquinho com 10 tickets que sai mais em conta e se compra para uma área só ( no meu caso downtown, já que o transporte público cobre 3 áreas). Nos finais de semana nós podemos usar o mesmo ticket para qualquer área. Bem, a Grouse Mountain é um dos pontos turísticos mais visitados de Vancouver. De lá a gente tem uma linda vista do centro da cidade. Muitas pessoas vão e sobem a pé a montanha. Eu fui decidida a subir andando mas quando vi o tamanho da montanha desisti na hora. O jeito foi pegar o bondinho que custa 45$ a primeira subida e quem quiser subir mais um pouco paga mais 5$. Eu achei bem caro para o que oferece.
    Passamos o domingo caminhando pelo Sea Wall, um grande calçadão que contorna English Bay Beach até False Creek. Na English Bay a gente pode ver as imensas estátuas de bonecos que fazem caras e bocas, bem legal! E os imensos troncos de árvores nas praias que são colocados de propósito para servir de banco aos frequentadores do local. Muita gente gosta de fazer essa passeio de bicicleta, eu fiz os dois e os dois são agradabilíssimos.
    Em Vancouver a natureza está presente em tudo. Cada casa tem seu lindo jardim e as plantas tem uma presença especial, elas crescem e quase que entram nas casas sem problemas. Todo mundo respeita muito a natureza. E no meio do agito do centro de Vancouver está o Stanley Parc. Neste parque nos podemos visitar os totens, o símbolo de Vancouver e do Canadá, o áquario de Vancouver (eu não fui mas todos que foram elogiaram muito) que custa 16$ e é necessário em média de 2 a 3 horas para ser bem apreciado e muito mais. 

   O ponto forte desse parque é alugar uma bicicleta e fazer o contorno dele inteirinho. Pra mim esse foi um dos melhores programas que fiz em Vancouver. Tem várias rent bikes em volta do parque (principalmente na Denman com Georgia St.) e cada loja varia muito o preço, vale a pena fazer uma pesquisa.

   Quem for em Vancouver, com certeza, irá escutar muito sobre Granville Island. É uma ilha-bairro com muitas coisas interessantes para se fazer. Lá podemos apreciar o delicioso fish and chips para todos os gostos no mercado municipal que como todo mercado vende boas coisas e fresquinhas da região. Para quem gosta de cerveja, podemos apreciar os novos(para mim) e deliciosos sabores fabricados na cervejaria Granville Island: blueberry e maple, que são uma delícia, aprovadíssimos! O mais interessante nessa cervejaria é que você só faz uma pedido, ou seja, se você quiser experimentar todas o pedido deve ser feito de uma vez só. O lema deles é : aqui é um lugar para degustar a cerveja e não se embriagar. Gostei muito, ganhou mais um fã. Na Granville Island a gente também pode ver as casas barcos como em Amsterdam e outra coisa interessante a se fazer é o passeio de barco (8$), a gente pega um barquinho e passeia pelo canal com a bela e riquissima vista do centro de Vancouver.
     O Chinatown de Vancouver é legal, lá nós podemos sentir o clima de como os chineses vivem e encontrar muita coisa diferente da culinária. Melhor ainda é o ‘’night market’’ que começa as 18h. Pra quem gosta de comprar bugigangas, esse é o lugar. Mas tenham muito cuidado com a rua Pender Est, lá é o ponto dos drogados e dá pra sentir medo mesmo. O Dr. Sun Yat Sen Classical Chinese Garden fica no Chinatown, para quem se interessa muito pelas plantas chinesas vale a pena pagar 10$ para entrar mas também é possível ver o jardim por fora que é gratuito.
     Um dia da semana eu e Carolina decidimos sair depois da aula, pegamos um busu e fomos para o centro. Gostaríamos de visitar a Lookout Tower que é uma torre com a vista da cidade. No Lookout a gente paga 10$ (estudante) e tem o direito de voltar a hora que quiser no mesmo dia. A intenção é de ter a vista da cidade de dia e de noite. Esse passeio vale muito a pena, lá de cima podemos ver o Canada Place, que é um prédio em forma de barco e fica na beira da água, um dos pontos mais visitados de Vancouver,  vários outros prédios (como o prédio mais ecológico de British columbia) e ruas importantes. Depois do nosso passeio pelo Lookout, caminhamos até a ‘’orla’’, lá visitamos o Canada Place que é hoje um centro comercial. Antigamente havia um cinema e pelas informações que tivemos o cinema não existe desde 2008. Do Canada Place fomos andando para Gastown, passamos pela Waterfront que é a estação de metrô e aquabus mais movimentada de Vancouver. O prédio desta estação é de 1914, vale a pena dar uma olhadinha nesse lindo e antigo prédio de Van. Seguimos nossas andanças para Gastown, que foi o bairro que mais gostei em Vancouver. É uma bairro boêmio com muitas lojas diferentes, bons restaurantes e barzinhos. Gastown tem um clima de Europa, e é uma coisa bem diferente no meio da moderna Vancouver aquele bairrozinho europeu pequeno e aconchegante. Jantamos num restaurante japonês delicioso e barato, MomoSushi (Eu e Carolina viramos clientes fiéis, algumas vezes saíamos da UBC só pra ir jantar lá). 
   Para quem gosta de comprar é legal ir na Georgia Street com Burrard Street, é o centro das compras, das marcas e tudo mais. A Robson St. também é legal mas um pouco mais cara e arrumada. E é no centro que a gente pode saborear o famoso ‘’Japadog’’ que é um hot dog preparado a moda japonesa. Na verdade é a mesma coisa do nosso hot dog, a diferença é que eles colocam umas algas cortadinhas por cima. A Davie St. também é bem legal é a região GLS da cidade.
   Um sábado decidimos ir passar o dia em Victoria. Para se chegar lá é necessário pegar um ferry que custa 10$ cada trecho e na estação de ferry pega um ônibus por 2,50$ para o centro da viagem. A viagem inteira é longa, então é bom sair cedo. Victoria é uma cidade fofissima, é a capital de British Columbia, então é bem cuidada, limpa, as pessoas são educadas. Todos falam que o clima é melhor do que Vancouver mas eu senti muito frio lá mesmo sendo primavera. Em Victoria nós fizemos o tour pelo parlamento que é gratuito e um passeio de barco pelo canal que liga o rio ao mar. Bons programas para conhecer mais o local e a cultura. Victoria é conhecida por acolher muitos hippies, é bem comum vê-los pelas ruas. Vale muito a pena visitar essa cidade, a viagem em si é belíssima e a cidade é muito agradável.
   Ufa! Tem muita coisa pra falar de BC. Por fim, visitamos o Queen Elisabeth Park, ou melhor, tentamos visitar. Para se chegar lá tem que subir uma ladeira e estar em boas condições físicas. Não aconselho esse passeio para quem está a pé.
    O que falar de Vancouver? Eu só tenho coisas boas pra resumir essa viagem. A cidade é linda, limpa, primeiro mundo total. As pessoas são abertas e educadíssimas. Me senti muito bem lá mesmo com o pouco inglês que tenho. Não passei aperto em nenhum momento, sempre tinha alguém pra me ajudar. Vancouver é também cheia de imigrantes, como todo o Canadá, mas eu pude perceber que os nativos e imigrantes convivem muito bem entre si. O que distancia um imigrante do nativo é a língua e como o inglês é uma língua fácil e falada por todos não existe tanta disparidade entre cada cultura. Amei muito Vancouver, quem sabe um dia moraremos lá. A única coisa que me desestimulou foi o clima. Choveu quase todos os dias que eu estava lá e eu só vi o céu azul quatro vezes. Ai me pergunto o que é melhor?  Viver com chuva e inglês ou  neve e francês? Só o destino para dizer o que nos aguarda.
   Até o próximo post. Minhas melhores saudações,
Roberta.

3 comentários:

  1. Roberta Tudo bem?
    Acabei de ver seu Blog e me interessei mto.
    Eu estou pesquisando para ir pra Vancouver fazer ingles.O problema 'e que nao tenho a minima de qual universidade pois irei com meus filhos de 5 e 6 anos. Me disseram que existe uma que estuda a familia. Vc poderia me passar algumas Opcoes de escola e data melhor para a viagem estou programando para Julho.

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    1. Oi Jaqueline, infelizmente não poderei te ajudar. Não conheço muito o funcionamento da educação em British Columbia já que cada provincia funciona de uma forma. A dica que posso te dar é: você tem facebook? Entra na comunidade "Brasileiros em Vancouver", lá muitas pessoas podem te ajudar. Se vc pensar em vir pra Montréal, ai sim eu poderei te ajudar. Boa sorte!

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  2. Ola Roberta Tudo bem?
    Vou estudar na UBC ano que vem e queria saber como funciona o sistema de moradia no campus (mensal,trimestral) e como se inscrever para uma vaga.

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