quarta-feira, 26 de março de 2014

LULWORTH - England

Essa pequenina cidade entrou nos nossos planos no momento em que perguntamos ao google: - quais os melhores picos de natureza da Inglaterra? Então ficamos completamentes loucos para ver aquele visual ao vivo. Só que chegar nesse lugar não era tão fácil assim. Depois de muitas pesquisas, encontrei num blog que para chegar lá precisaríamos ir de trem para Wool (uma cidade) e de lá pegar um outro trem para Lulworth, chegando em Lulworth tínhamos que ligar pra um táxi (números de telefones que também achei em um blog). Saimos de Bristol de trem e fomos pra Wool, para a nossa surpresa a estação era apenas o trilho do trem, no meio do nada com uma maquininha escrito "Help Point" e uma outra máquina dizendo o horário que o trem ia passar. E ele passou na hora exata, afinal de contas estamos na Inglaterra e então fomos nós para Lulworth. Quando chegamos em LuLworth a mesma coisa, um trilho de trem no meio do nada, um ponto de ônibus praticamente abandonado e nenhuma alma penada para nos ajudar. Tínhamos o número de um táxi em mãos mas o telefone da estação não estava funcionando. De repente chegou um táxi, ufa!, mas o motorista não topou em levar a gente porque ele não tinha noção de onde era a nosso bed and breakfast. O pior é que eu só sabia o primeiro nome da dona da pousada e nada mais. Be entrou em desespero e eu tentando acalmá-lo - é engraçado nas viagens, quando um fica nervoso o outro se acalma.
Depois de algumas horas de espera, chegou mais um trem e um grupo de pessoas perdidas como nós mas eles tinham um celular e nós o número de um táxi, então fechou! A mulher ligou e nós rachamos o táxi (por incrível que pareça o taxista era o mesmo que eu havia anotado do blog). Sabe as casas dos hobbits no filme Senhor dos anéis? Todas as casinhas da vila eram naquele formato. Chegamos na pousada, a campainha era uma fechadura imensa (como aquelas de filme mesmo), então balançamos era pra avisar que tinham visita. De repente sai um cara barbudão (como no senhor dos anéis), dizemos pra ele que tínhamos uma reserva e ele disse que tinha algum engano e fechou a porta. A gente se olhou sem saber o que fazer e então ele abre a porta novamente com um sorriso de orelha a orelha: -Brincaderinha!!! Roberta e Bernardo??? Ufa! Tivemos uma crise de risos misturado com  stress. Dali eles nos ajudou a levar as malas até o quarto mais entocado daquela "caverna". Depois disso a gente ria de se acabar, sem acreditar que estávamos metidos naquela situação.
A cidadezinha se resume a uma estrada estreita que você segue até a praia e volta. É repleta de bed and breakfast, acho que eles vivem disso. O nosso bed and breakfast era muito bom, confortável e com a estrutura necessária para se ter dias incríveis naquele lugar tão especial. Todos os dias Jack (a dona da pousada e o único nome que eu tinha como referência) fazia o nosso English breakfast e ficava super chateada com a minha rápida saciedade. Ela e o marido (Jonh) deixaram a vida corrida de Londres para morar ali há anos atrás, ela é de Londres e ele de Dublin.
Passávamos horas na praia, escalando serras para ter o melhor visual daquele lugar indescritível, íamos e voltávamos várias vezes. Um dia a gente ia pra um ponto da praia, num outro a gente ia visitar o lado oposto. Não tinha muito o que fazer além de apreciar o visual. Mas, na boa, existia coisa melhor? Apesar da cidade ser pequena, ela lota durante o dia e tem uns três muito bons restaurantes. Todos permitem a entrada de animal, era normal a gente ver cachorros com os seus donos, inclusive alguns lugares informavam que ali era lugar de cachorro e que os donos deles seriam bem vindos também.
Passamos dois dias inesquecíveis naquele lugar mágico, e como já tínhamos rodado tudo de cabo a rabo deixamos a pousada ao meio dia e fomos ao ponto de ônibus, depois de uma espera de duas horas decidimos pegar um táxi. Foi um tempo maravilhoso que ficará sempre marcado nas nossas memórias e acho que na deles também porque pelo que consta só se hospedaram por lá mais um casal de brasileiros, nós fomos o segundo.



Deixo aqui o contato do Bed & Breakfast: Mrs. Jack Laing
                                                                    Tewkesbury Cottage
                                                                    28 Main Road, West Lulworth
                                                                    Dorset BH20 5RL
                                                                   
Tel. 01929 400561 Mob. 07971 426027
E dos táxis: Garrison 5 a 8 seaters - Tel: Bindon Abbey (01929) 463395 e 462467
Silver cars: (01929) 400409 / (07811) 328281 (esse eu não usei).

E daqui seguimos viagem para Londres.

terça-feira, 25 de março de 2014

BRISTOL - England

Chegou a hora de partirmos para a Inglaterra, e o próximo destino era Bristol. Esta cidade apareceu no nosso planejamento por acaso, era a maneira que tínhamos para chegar em Lulworth (próxima parada). Saimos de Dublin via aérea pela Aer Lingus (uma empresa 100% irlandesa e muito boa, por sinal) e chegamos em Bristol com o sol ainda raiando. Fomos para o centro de trem, de acesso fácil, rápido e barato, e nos hospedamos no Ibis Temple Meads (maravilhoso hotel, boa localização, ótimo serviço a um preço irrisório). Nosso objetivo em Bristol era descansar um pouco para a próxima etapa da viagem mas isso não foi possível. De cara percebemos que o verão na Inglaterra bomba e que ali tinha um astral diferente dos outros lugares onde tínhamos passado, a sensação era de agito e excesso de energia sendo colocada pra fora pelas pessoas. A Inglaterra parece um pouco com o Canadá, o tempo está sempre ruim, quando melhora é necessário aproveitá-lo ao máximo.
Em frente ao nosso hotel tinha uma pracinha e estava rolando um DJ e um churrasquinho à la Inglaterra. Fomos aproveitar um pouquinho, né? Que ninguém é de ferro!!! Nessa ficamos por lá mesmo, tomamos vários choppinhos e voltamos bem tarde para o hotel (nada de descanso).
Como Bristol nos impressionou muito decidimos deixar o cansaço de lado e desvendar o bom da city. E não é que a cidade é bem interessante mesmo?!?! Tem um canal com vários barcos-casa como em Amsterdam, claro que não tem a mesma quantidade e beleza mas vale a pena registrar já que pra gente é diferente.

Andamos um pouco pela cidade. Conhecemos o St. Nicholas Market que é um mercado bem legal. Pra quem gosta desse tipo de programa vale a pena conferir, tem várias comidinhas super saudáveis e saborosas, de várias etnias e a bom preço. Local muito bem frequentado pelo locais que pelo visto adoram almoçar por lá porque estava lotado. Tem também um comércio interessante para os consumistas de plantão. Seguimos nos perdendo pela cidade, com uma brisa maravilhosa batendo no rosto e um céu azul (coisa rara nessa região). Bristol é uma cidade universitária, repleta de jovens e muito viva.
Gostamos muito de ter passado por lá, mesmo que tenha sido rápido. Daqui seguimos para West Lulworth. Vamos nessa!!!!



domingo, 9 de março de 2014

Dublin, IRELAND

Há meses atrás, quando fizemos o planejamento da viagem, incluímos Dublin no trajeto para encontrar o nosso amigo, Peti que estava morando por lá, mas demoramos muito a chegar e ele acabou voltando para o Brasil alguns meses antes. Mesmo assim continuamos com os planos iniciais, só diminuimos a quantidade de dias. Chegamos em Dublin exaustos, loucos pra descansar um pouco. Pegamos um ônibus do aeroporto (15 euros, ida e volta) para o centro da cidade. O hotel ficava por lá - logo no centro tem algumas lojas de informações, pegamos um mapinha o que nos facilitou a achar o hotel. Em algum momento da viagem a gente teria que não gostar de alguma coisa, né? Tava tudo bom demais pra ser verdade; e esse momento aconteceu em Dublin (infelizmente!). 
Chegamos muito cansados e bem antes do horário do check in, então tivemos que esperar mais de duas horas para entrar no quarto e quando tivemos esse prazer foi uma decepção. Deixo aqui o nome do hotel (Clifton Court Hotel) para que vocês não corram o risco de se hospedarem lá. As fotos do site são ótimas mas o hotel é muito velho, os móveis um horror, sujo, parece mais um motel de quinta. Como tínhamos apenas uma noite lá decidimos encarar. Dormimos um pouco e logo que acordamos fomos explorar Dublin. Eu já tinha lido alguns livros de Marian Keyes, uma escritora Irlandesa que morava em Dublin e que contava em seus livros como era a vida em Dublin, então cada lugar que a gente andava  parecia que eu já conhecia, era impressionante!
De cara fomos logo no Temple Bar, que é um bairro e onde é localizado o Temple Bar Pub que é o Pub mais conhecido da Irlanda e que virou o símbolo de Dublin  (acho que todo mundo que escuta falar na Irlanda vem logo esse Pub na cabeça,). E realmente o Pub é muito legal, ele existe desde 1840 e tem um astral muito diferente. Tomamos um chopp e seguimos para conhecer um pouco mais da cidade, depois voltamos e tomamos mais uma pra gente se sentir irlandês de verdade, rs. A noite em Dublin é super animada e repleta de estudantes.
A cidade está cheio de brasileiros, se alguém pensar em ir lá sem falar a língua não precisa se preocupar porquê os brasilerios dominam Dublin. Os Irlandeses são uns fofos, muito bem humorados e sabem receber os visitantes.
Acabamos o dia lá, escutando uma ótima música irlandesa e tomando chopps de todos os lugares do mundo (um detalhe: em Dublin pagamos o chopp mais caro da viagem).
No segundo dia acordamos bem cedo pra tentar aproveitar ao máximo da cidade já que só tínhamos esse dia por lá. Fomos no Dublin Castle, Trinity College Dublin (lindo!), Merrion Square Park (onde tem a escultura do escritor Oscar Wilde), Saint Stephen's Green (outro agradável parque), Saint Patrick's Cathedral (esta igreja é majestosa, paga-se pra entrar mas nós não entramos) e passamos pelo Blackrock Market - onde acabei comprando um porta retrato enorme pro banheiro do nosso ap em Montréal e que nos deu o maior trabalho pra carregar (juntamente com um banco de Utretch). Nessas peripécias, por favor, não me sigam. Almoçamos num restaurante espanhol (ponto positivo de Dublin: a gente encontra muitas coisas de outros países), tomamos mais um choppinho, claro e seguimos para o aeroporto. 
Eu achei Dublin uma cidade ressaquiada (se essa é a boa definição), as coisas funcionam a todo vapor a noite mas o dia me pareceu um pouco lento, as pessoas não tinham entusiasmo.
O que Edinbrugh foi sinistro pra gente, Dublin deixou um pouco a desejar. Mas claro, esse é o nosso ponto de vista, conheço muitas pessoas que amam Dublin.
Daqui seguimos para Bristol.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Edinburgh, SCOTLAND

Finalmente chegamos ao Reino Unido que era o nosso principal destino inicialmente. Desta vez via avião, de Amsterdam para Edinburgh. No décimo dia de viagem, a curiosidade ainda era muita, e as baterias continuavam carregadas. Como eu comentei no post anterior, esse era o país que mais nos inquietava, não sabíamos como seria a nossa percepção, tanto dos locais com a gente, como da nossa para com eles porquê quando a gente imaginava a Escócia, pensávamos nos celtas, castelos e num lugar muito frio que chegava a dar um frio na barriga só de pensar. Mesmo com tantas pesquisas sobre o lugar não tem como não imaginar as histórias dos filmes que foram filmados lá.
O transporte público funciona perfeitamente bem, então pegamos o ônibus de rua do aeroporto ao centro (que não é bem um ônibus comum, os turistas pegam um e os locais outro, mas é bem mais barato que táxi). Todos os ônibus têm dois andares e uma vista privilegiada. Dali já deu pra sentir o que é Edinburgh. Eu não sei quem estava mais boquiaberto, eu ou Be, estávamos nos sentindo na idade média. Era um castelo mais maravilhoso que o outro misturados a uma arquitetura céltica que não estávamos acostumados a ver. Ficamos completamente loucos por aquele lugar. Chegamos no hotel com  muita facilidade, pelo mapa do guia que trouxemos da biblioteca de Montréal (ai mais uma boa dica). Dessa vez ficamos hospedados no Travelodge, melhor preço e localização impossível. Deixamos as malas correndo, trocamos de roupa porque estava fazendo um friozinho e fomos bater perna.
Cara, foi uma sensação muito boa, sentimos a mesma coisa quando viajamos pela primeira vez para um outro país. Estávamos ali, os nossos próprios olhos estavam enxergando coisas tão diferentes para nós, sensação indiscritível. Então nada melhor do que brindar em um dos milhares pubs que existem na cidade. E foi assim que acabou o nosso primeiro dia, num pub chamado The World's End, onde comemos o melhor queijo de cabra da vida.
Acordamos bem cedo e fomos comer o famoso English breakfast, delicioso mas uma bomba calórica. As pessoas aqui são muito queridas e não tem nada da frieza que a gente pensava, fomo muito bem tratados. Muitos habitantes vem de outros lugares do mundo, alguns vieram para estudar e outros vieram com a intenção de viver. Mesmo sendo uma cidade não muito grande, de apenas 500.000 habitantes, Edinburgh é considerada a cidade do futuro pela sua infraestrutura, educação oferecida aos jovens, desenvolvimentos tecnológicos, entre muitos outros aspectos.

O melhor do passeio é se perder, e é a melhor forma de se conhecer bem um lugar, e foi assim que fomos descobrindo essa terra fria e encantadora. Apesar dos hábitos terem mudado muito, os homens jovens ou mais velhos continuam usando a roupa típica daqui, o Kilt, que é uma saia de lã e outros acessórios  herdados da cultura céltica. Essas roupas são caras e podem custar uma fortuna dependendo da ocasião. Em uma das lojas que passamos tinha um aviso: "este Kilt que foi usado pelo príncipe tal no casamento tal (que não lembro mais o nome) está com 40% de desconto - apenas 3000 euros". E assim os preços vão aumentando ou diminuindo a depender da qualidade. É como um paletó pra gente.
Edinburgh é dividida em "cidade alta" e "cidade baixa". Na cidade alta estão os pontos mais turísticos e a principal rua é a Royal Mile, na cidade baixa está o comércio local. Nos pontos turísticos sempre tem um cara vestido a caráter tocando gaita de fole, instrumento musical escocês. Música que pode ser ouvida por todos os cantos da cidade.
Ficamos a maior parte do tempo na cidade alta, fomos até o Calton Hill, que é uma colina no meio da cidade com vários monumentos escoceses e de onde se pode ter uma bela vista da cidade. A subida é tranquila e acessível à todos. 

De lá seguimos para The Scotch Whisky Experience. Para uma leiga em whiskies como eu, foi uma ótima oportunidade de aprender como é feito o melhor whisky do mundo. No experience, além de acompanhar como é produzido o whisky, a gente pode degustar os inúmeros sabores, um mais frutado, outro com gosto de madeira queimada, etc, e cada gosto indica em qual região da escócia o whisky é feito. Nisso a gente ia bebendo um pouquinho mas bebendo, resultado: sai de lá passando mal, mas valeu muito a pena. O passeio custa 17 libras (pra estudante desconto de 5 libras, tem que mostrar a carteirinha). Lá tivemos uma grande surpresa, soubemos que o maior colecionador de whiskies escocês do mundo é brasileiro, de São Paulo, o Sr. Claive Vidiz.
Fomos até a cidade baixa, nos perdendo pelas ladeiras tortuosas e cheias de segredos. Não andamos o quanto gostaríamos pela cidade baixa mas é um lugar lindo e com muita história também. Mesmo sendo verão, os dias são frios e relativamente curtos, o que diminui bastante o tempo de exploração turística.
Nosso dia acabou em mais um dos inúmeros pubs, sempre lotados de jovens, da cidade.
No outro dia acordamos cedo para aproveitarmos ao máximo a Escócia, comemos novamente um English breakfast e seguimos para o Edinburgh Castle (16 libras a entrada, sempre lotado mas a fila anda rápido). Esse é um dos principais pontos turísticos. O castelo é enorme e muito bem conservado, dá pra se ter uma boa noção de como funcionava o castelo naquela época. De lá se tem uma vista linda da cidade baixa, do Calton Hill e do Holyrood Park.
Do castle seguimos para o Holyrood Park e Arthur's seat, o tempo estava muito a nosso favor mas não podíamos confiar 100% nele, então tínhamos que correr para aproveitá-lo. O Holyrood Park e Arthur's seat (tem esse nome pelo formato da montanha em um assento) são duas montanhas unidas também no meio da cidade. São muito aproveitadas para a pratica de exercícios pelos Edinburghers (pessoas nascidas lá), um pouco íngreme e de difícil acesso para alguns mas vale o esforço pela vista que se tem de toda a cidade e sem dúvidas a melhor. Nosso passeio diurno acabou aqui, já estava escurecendo quando começamos a descer e a chuva veio assim que chegamos na base da montanha. De lá fomos terminar nosso dia no The World's End pra fechar com chave de ouro essa viagem inesquecível.
Acabamos essa parte da viagem com a sensação de que faltou muita coisa pra fazer. Edinburgh é uma cidade muito interessante e de muitos atrativos. Tem muitos museus bons, como The museum of Childhood, com um milhão de brinquedos (deve ser maravilhoso) e The Real Mary King's Close, onde eram colocadas as pessoas com lepra e esquecidas à própria sorte, o local é conservado até hoje. É necessário para Edinburgh no mínimo 4 dias. Vamos ter que voltar lá em algum momento da vida.
Em Edinburgh rola todo ano durante todo o mês de agosto o Edinburgh Festival Fringe que é um festival de artes. Começou no dia que fomos embora, snif:( Esse foi o ponto mais alto da viagem, sem dúvidas.
Daqui seguimos para Dublin.