segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Maritimes!


Nossa, quanto tempo que não venho aqui. Quase 1 ano. É aí que percebemos como a vida anda rápido, o quanto estamos ocupados e como o tempo virou um artigo de luxo. Tempo realmente faltou nesse último ano, mas as viagens não pararam por isso. Na verdade, as viagens é o nosso maior foco, sem elas talvez não estívessemos aguentando a pressão da vida atual. Mas vamos ao que interessa!

Dessa vez a nossa partida se deu com destino a Maritimes , nome esse dado as províncias do lado leste do Canadá que são banhadas pelo oceano Atlântico. Foram mais de 4000 km rodados saindo de Montréal, Québec passando por New Brunswick, Nova Scotia e Terra Nova e Labrador em apenas 10 dias. Foi uma viagem longa e de muita estrada mas que valeu a pena cada kilometro rodado. Essa região do Canadá é muito conhecida por longos trechos por isso é super comum vermos vários motorhomes pelo caminho.
Vamos lá a aventura : saímos de Montréal no final da tarde por volta das 16h, apesar de já estar tarde, queríamos aproveitar ao máximo para nos distanciarmos de Montréal já que não tínhamos muito tempo de férias. Essa viagem estava assim, super cronometrada. Dormimos a primeira noite em Edmundston, já na província de New Brunswick que é a única província do Canadá  oficialmente bilingue. Apesar das horas de condução estávamos muito felizes e empolgados em conhecermos mais esse pedacinho do Canadá. Esse trecho foi super agradável e as estradas muito boas.
Acordamos em Edmondston no Comfort Inn (adoramos nossos pontos fidelidade) e seguimos viagem para o parque nacional de Fundy . É um parque que fica na divisa entre New Brunswick e Nova Scotia. Na passagem para a Bay of Fundy passamos pela cidade de Alma que é uma cidade bem pequena mas muito agradável, um ótimo lugar para se deliciar com os frutos do mar da região. Na Bay of Fundy tivemos o privilégio de conhecer o Hopewell Rocks. São rochas esculturais esculpidas pelas ações do vento e mar durante muitos e muitos anos. A imagem é linda! Lá ficamos por horas tirando fotos e deixando a imaginação tomar conta. Bay of Fundy é onde apresenta a maior variação de maré alta do mundo, então antes de ir é muito bom se informar sobre a maré do dia. Se a maré estiver alta só é possível chegar as rochas de barco ou de kayak. E se for na maré baixa, como fomos, se prepare para tomar um banho de lama mas que vale muito a pena. Benjamin se esbaldou na lama.

Depois desse passeio fomos para Fredericton, à capital de New Brunswick, jantamos no Pink sushi (muito boa comida) e dormimos por Fredericton mesmo que é a cidade mais movimentada da província. Cheia de barzinhos e restaurantes muito agradáveis. No outro dia cedo voltamos para o parque nacional de Fundy já que tinha muita coisa interessante para visitar por ali. Muita natureza espetacular como só o Canadá tem a nos proporcionar. Fizemos uma trilha que nos levou a um ponto estratégico para sentir o cheio do oceano Atlântico. Ali a gente imaginava quantos dos nossos estavam se banhando naquele mar e naquele exato momento a muitos kilometros dali e quantas vezes nos banhamos naquele mar durante a nossa vida (é difícil viver longe dele).
  
Deixamos a Bay of Fundy em direção a Nova Scotia, nosso destino era Sydney, onde iríamos pegar o ferry em direção ao pico mais esperado: Terra Nova e Labrador. Foram muitas e muitas horas de Estrada até chegarmos ao entroncamento da Ilha do Príncipe Eduardo e Nova Scotia e decidimos ir até a ilha do Príncipe Eduardo. Já era final de tarde e as nossas energies já estavam bastante gastas de horas de direção, mesmo assim decidimos ir. Assim que chegamos na entrada da Ponte da Confederação o tempo começou a mudar, então desistimos de ir na ilha, para a minha tristeza e arrependimento até hoje. A ponte das Confederações foi construída para estabelecer o acesso da ilha do Príncipe Eduardo com outras províncias do país, 15 km de comprimento na superfície do mar. A passagem até a ilha é de graça mas para retornar o pedágio custa 50 dólares. Se entrar na ponte tem que ir até o final, não existe retorno e nem qualquer tentativa do tipo porque a ponte é 100% fiscalizada por câmeras. No lugar de atravessarmos, subimos num mirante que fica na última loja de souvenirs na província de New Brunswick, o que nos dá uma visão linda da pequena e tão querida ilha. Com certeza a gente vai voltar, pra mim parece que ficou faltando um pedaço e o que de fato ficou.
Seguimos então para Nova Scotia, a gente estava de mau humor de tanto dirigir, acho que isso foi o que mais contou na decisão de ir em PEI (como eles chamam a ilha) ou não. Chegamos em Sydney, na Nova Scotia à meia noite, simplesmente exaustos. Dormimos em Sydney ansiosos para o dia de amanhã.

O ferry estava marcado para as 11 horas da manhã mas tínhamos que estar lá duas horas antes. Acordamos bem animados com o novo dia mas para a nossa surpresa Benjamin acordou com umas manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Saimos em busca de um veterinário antes de seguirmos para Terra Nova e Labrador. Para o nosso alívio não era nada, ele foi picado por uns mosquitos bem comuns na região. Por falar em BenBen, ele participou de tudo nessa viagem, não negou nenhuma trilha e nem entrar na água mais gelada possível, companheiro melhor de viagem não há! 

Pegamos o Marine Atlantis, um ferry enorme de 9 andares, super equipado e confortável. Tem um canil para cachorro onde se paga 15 dólares a mais. Na ida o chão estava molhado, o que me incomodou bastante porque Benjamin ficou molhado durante as 6 horas de viagem mas a volta estava tranquilo. Não tinha mais nenhum outro cachorro, o que fez com que ele não se distraisse nenhum minuto da viagem nos momentos em que deixávamos ele sozinho. Almoçamos no ferry que pra nossa surpresa tem um preço bem em conta e o service também é muito bom. Nós sentimos em casa desde o ferry.
Depois das 6 horas de temporal e barco balançando chegamos na parte tão sonhada da viagem : NewFoundland and Labrador (suspiros!!!). Que lugar, que energia, que natureza, que povo, que tudo! Parecia que tínhamos sido teletransportados para um filme da época dos Vikings. De boas vindas tivemos um enorme arco-íris no meio das montanhas que nos seguiu por horas de viagem. Assim que saímos do ferry seguimos para a cidade de Stephenville, um vilarejo onde nos hospedamos. Estávamos exaustos, então dormimos um pouco a mais do que o previsto.
Acabamos acordando tarde, mesmo assim seguimos para o Gros Morne National Park que é um patrimônio mundial da Unesco. E o parque é mesmo de cair o queixo! Os parques do Canadá, geralmente, são muito bem conservados mas esse parecia que ninguém nunca tinha pisado antes. Existe uma estrada asfaltada e todos os itens necessários para proporcionar um bom passeio aos turistas e locais mas tudo é tão perfeito que parece que estamos num filme. Durante nosso passeio passamos por Rocky Harbour para nos aquecer com um famoso caldo de frutos do mar, um prato típico da região e muito gostoso. NewFoundland é bem mais fria do que as outras províncias do Canadá, só não mais do que as províncias do Norte. O que mais chama atenção nessa região é o conjunto do mar, montanhas e neve. Parece uma pintura! 

No meio do Gros Morne existe um ponto turístico onde saem barcos para ver de pertinho os fiordes, uma pena que a gente acordou tarde, mas todos falam que é muito lindo. Mesmo assim fomos nessa ponta do parque, western brook pond, pra tentar ver um pouco dos fiordes de longe. Não se tem visão nenhuma, são apenas 2 km de caminhada que vale a pena por estamos mais perto de uma natureza esplêndida. 


Não tinha mais ninguém no parque, já era final de tarde, então decidimos tirar a coleira de Benjamin, ele estava andando super feliz quando de repente olha pra gente com uma cara de sapeca. Eu e Bernardo em pânico começamos a gritar: não Benjamin, não! Mas não teve jeito, ele pulou num mangue de barro preto e ficou completamente enxarcado de lama. Oh céus! Mesmo com o frio não tívemos escolha, tívemos que dar banho nele numa água congelante. Nunca mais ele repete isso! kkk
Saímos do Gros Morne National Park no final do dia em direção a St Jonh's e dormimos numa cidade muito pequena no meio do caminho. Achar bons hotéis a bom preço em Newfoundland and Labrador não é tarefa tão fácil assim.

Assim que acordamos seguimos para St. John's, a capital de Newfoundland and Labrador. A cidade é super fofa, muito colorida e cheia de vida apesar de ser tão distante de tudo (isso não deve ser comentado nunca com um local, rsrs). Chegamos lá no dia 1º de julho, dia da independência do Canadá, então a festa estava garantida. Tinha banda ao vivo rolando na praça principal e os locais super empolgados com a data. Apesar de ser um dia festivo, St. John's é conhecida por ser uma cidade festiva, aqui não existe tempo ruim para os inúmeros jovens da cidade. Existe um ritual muito conhecido na região chamado "Screech In", o turista deve ser convidado por um local para fazer esse ritual que se resume a repetir frases locais (que a gente aprende na hora e depois não lembra mais) tomar um rum local e beijar a boca de um peixe. Fizemos isso no Christian's Pub e foi muito legal! Um momento que nunca iremos esquecer. Pra finalizar recebemos um certificado do local, rsrs.



Em St. John's tem várias coisas pra fazer, não pensem que pela cidade ser pequena rapidamente se conhece tudo, não. A melhor coisa é ir e passar pelo menos 2 dias. Como não tínhamos muito tempo, passeamos por St. John's e subimos para o Signal Hill. Um lugar espetacular com uma vista deslumbrante de toda a cidade e baía. 

De lá pegamos mais uma vez a estrada para o Cape St. Mary's. Bernardo se empolgou tanto com St. John's que queria cortar do plano de ir ao Cape St. Mary's e ainda bem que isso não aconteceu. O Cape fica a mais ou menos 2 horas de carro de St. John's, a estrada não é tão legal assim mas dá pra ir e cada segundo de stress da estrada vale assim que chegamos ao Cape St. Mary's. É uma reserva ecológica que abriga mais de 60.000 aves de 3 ou mais diferentes espécies. É uma coisa de outro mundo! Não dá pra descrever, só indo, vivendo e sentindo a energia desse lugar único na terra. Ali ficamos horas até escurecer.

Do Cape St. Mary's seguimos viagem por uma estrada péssima, cheia de buracos mas com uma vista da península e as contáveis casas na costa virada para o oceano Atlântico que nós fazia esquecer de qualquer problema que pudesse existir. Dali saimos banhados pela presença do poder divino que existe sobre a terra. E dormimos no Sherwood Suites and Hotel, um hotel muito bom, no meio da floresta.
Acordamos felizes pelo dia de ontem e pela noite maravilhosa que tívemos nesse hotel. Fomos tomar café num restaurante local e muito aconchegante. Benjamin não queria mais sair do hotel e quando entrava no carro não queria mais sair do carro, ele estava exausto da vida de viajante, rsrs. Já estávamos ao lado da programação do dia que era visitar a Sherwink Trail que são 5.3 km de loops contornando o mar. A trilha é deslumbrante, cada parada mais linda do que a outra. A natureza em seu estado mais bruto. Infelizmente não fizemos os 5.3 km pela falta de tempo e o frio que começou a incomodar nos 3 mas o que vimos valeu e muito! Mais uma vez pegamos bastante estrada já em direção a Stephneville, cidade próxima ao porto onde no próximo dia íriamos pegar o ferry de volta a Nova Scotia.

Pegamos o ferry as 11h da manhã e deixamos pra trás a vista daquela terra esquecida mas com tantos encantos, estes que a gente não encontra em qualquer lugar. Estar em Newfoundland and Labrador foi MÁGICO! Em terra, dirigimos o dia todo até chegarmos na cidade de Igonish, onde estava localizado o hotel dessa noite. 

Acordamos cedo e fomos visitar o Cabot Trail. Nesse parque tudo é visitado de carro. Existem várias trilhas para quem tem tempo de sobra mas de carro também é emocionante. Assim que chegamos na trilha de asfalto (ehehe), um urso gigante, preto, atravessou a pista. E assim seguimos, vendo os bichos e as inúmeras vistas indescritíveis desse lugar. Benjamin amou passear o tempo todo de carro, ele estava exausto, coitado! Depois do dia inteiro no Cabot Trail e várias paradas pra fotos e degustar comidas deliciosas como o sanduíche de lagosta e ostras, seguimos para Moncton em New Brunswick. Lá estava o hotel da noite.
 De Moncton, pegamos o caminho de volta até Montréal e assim acabou a nossa viagem de 10 dias pelas lindas províncias do Atlântico: Maritimes.
 

domingo, 4 de janeiro de 2015

Pura Vida COSTA RICA

Chegamos em San José ao meio dia, sol quente, pessoas sorridentes, tudo de bom! Pegamos o carro ainda no aeroporto e seguimos para o centro da cidade. Já havíamos lido sobre o trânsito e é, realmente, um caos. Carros que se cruzam, sem colocar seta, todo mundo buzinando, mas no final todo mundo se entende. Chegamos ao mercado central sem muita complicação, apesar do trânsito péssimo, a gente conseguiu se guiar direitinho pelo aplicativo do celular (City Maps 2 Go). Deixamos o carro num estacionamento público por indicação de todos os que já estiveram aqui e pelos grandes indícios de assaltos a veículos. Apesar de ser público o estacionamento é pago, mas mais barato do que os particulares.
 Caminhamos um pouco pelo centro, passamos na porta do teatro municipal e seguimos para o mercado central. Este mercado é um labirinto com todos os tipos de coisas que se possa imaginar, de flores a comida, de artesanato a peixe. É bem sujinho e largado, as ruelas são estreitas e todos se apertam uns contra os outros para conseguir passar. Tem uma sessão de restaurantes com comida local, então foi lá que começamos a aventura gastronômica pela CR. Comemos o famoso galo pinto, que é o arroz e feijão, uma delícia! Visitamos algumas lojinhas com ótimos artesanatos e seguimos viagem.

Pra falar a verdade, San José é exatamente o que muitos dizem, sem graça. A cidade é suja, um caos por todos os cantos e nem um pouco segura para bater perna. Não se sinta mal de vir à Costa Rica e não visitar a capital.
Pegamos o carro em direção a Poásito. O hotel desta noite ficava na margem no Volcán Poás e foi pra lá que seguimos. Chegamos tarde e um pouco cansados, afinal estávamos há 2 dias na estrada, já que nosso avião parava em New York onde passamos a primeira noite. Além disso, a estrada até Poás não é das melhores, muito estreita e escura o que nós deixou bastante tensos. El Churrasco hotel é bem aconchegante, fica na beira da estrada (a cidade se resume a uma estrada), e tem um restaurante especializado em carne (mas tem outras coisas também), ou seja, de fome naquele fim de mundo ninguém morre.
 Acordamos cedo, cheios de energia pra começar o dia nessa terra mágica e seguimos para o Volcán Poás. Todos os guias indicam a ida a esse vulcão antes das 10 da manhã para se ter a melhor vista e evitar as horas de turismo, e foi o que fizemos. 
A entrada do parque custa 10$ por pessoa e mais 1500 colones (a moeda local) para o estacionamento. O acesso é muito fácil e a distância é mínima para se ter uma recompensa como aquela. Fomos andando e se deslumbrando com a natureza que é espetacular. De repente lá estava ele, completamente aberto, sem nenhuma névoa, com a cor verde turquesa, lindo, lindo, lindo! Que coisa linda, não vou cansar de dizer isso. Eu não conseguia parar de admirá-lo. A viagem já estava mostrando o seu lugar nas nossas vidas e corações. 
Do vulcão seguimos para Catarata de La Paz que fica a uns 40 minutos de carro. Na chegada decidimos não entrar e seguimos para outros pontos. Não ficamos porque achamos caro demais (40$ por pessoa), pela questão tempo x prioridades e também por ser muito turísitco/cheio/filas, e esse não era o nosso objetivo nessa viagem. Queremos conhecer lugares preservados e ver os bichos ao vivo e não presos em gaiolas. Então seguimos para cachoeira de La Fortuna. A estrada era de uma beleza fora do normal, lembrou um pouco a serra do Rio do Rastro no Sul do Brasil, repleta de curvas bem fechadas e a cada curva uma surpresa. E para a nossa melhor surpresa, demos de cara em uma das descidas com a cachoeira De La Paz, aquela que iríamos pagar 40$ para ter acesso estava ali escancarada as nossas vistas. Lindo, lindo, lindo!!!!
Chegamos na cachoeira de La Fortuna (entrada 10$ por pessoa) quase na hora de fechar. Tínhamos 40 minutos para descer e subir 500 degraus. E lá fomos nós, correndo, desesperados, não podíamos perder essa chance já que não voltaríamos mais aquele lugar. Assim que chegamos lá embaixo começou a chover copiosamente, tiramos algumas fotos, Be tomou um banho de cachoeira, lavou a alma e pegamos o trajeto de volta. Cheguei lá em cima passando mal.
Dessa cachoeira seguimos para a cidade de Fortuna onde tínhamos uma reserva num hotel.
A cidade de Fortuna é super animada. A gente ficava super empolgado quando chegávamos a uma cidade que havia um centrinho, porque a maioria delas é bem pequena, impossível de encontrar um mercadinho, muitas vezes.
Achar as coisas em Costa Rica não é uma tarefa óbvia; primeiro porque os mapas não são claros, não há tanta sinalização, e também porque as pessoas não sabem os nomes das ruas, absolutamente nenhuma. O segredo é saber um ponto de referência. Mas, modéstia parte, eu e Be estamos nos saindo muito bem nesse quesito, acho que os anos e anos de viagens estão nos ajudando bastante na hora dos apertos, que estão sendo encarados de uma forma muito mais leve e desprendida, tudo acaba em piada.
Enfim, encontramos o hotel, bem pertinho do centro. Logo na chegada ao hotel (El Volcán) eu não gostei muito do cheiro do quarto e minha alergia começou a atacar, coisa que eu não tinha há anos. Tomamos um banho e fomos curtir a cidade.
As cidadezinhas da Costa Rica são bem aconchegantes e receptivas, as pessoas são muito agradáveis e nós deixam à vontade. Por indicação de um vendedor de uma loja de souvenir entramos numa rua à procura de um restaurante e descobrimos o Soda Vesquez. Soda são restaurantes que vendem comida típica a preços bem mais em conta. E olha que comidinha e serviço deliciosos nós tivemos nessa Soda! Super indico esse restaurante. A dona gostou tanto da gente que ganhamos uma sobremesa, arroz de leite, igualzinho ao que comemos no nordeste do Brasil. Voltamos para o hotel e como esperado era impossível pra mim dormir naquele quarto com cheiro de mofo e acabei passando a noite no carro.
Depois de uma noite muito mal dormida, o sol estava lá, mais uma vez brilhando, acordei Bernardo e pegamos a estrada. Antes disso fomos tomar um café lá no Vesquez que ainda estava fechado para a nossa tristeza, acabamos indo num outro que não chegava aos pés.
Mas enfim, seguimos o nosso plano e fomos visitar o Volcán Arenal e mais uma vez para a nossa tristeza do dia não era possível ver o vulcão, pelas informações que tivemos há mais de 6 meses que a nuvens cobrem o vulcão e ninguém tem tido o privilégio de admirar a sua beleza. Na estrada paramos num ponto turístico e uma moça muito simpática nós informou tudo da região, inclusive as melhores estradas da Costa Rica. Neste ponto turístico tinham dois lindos tucanos apreciando a paisagem. Que pássaro lindo! É impressionante! A gente não conseguia sair de lá olhando e eles se mostraram muito à vontade com a presença humana. E foi depois dessa parada que mudamos o roteiro e pegamos a carretera (estrada) em direção ao Rio Celeste e Volcán Tenório. Apesar de termos dado uma volta ao mundo pra chegarmos lá, foi muito mais rápido do que seguirmos pelas estradinhas de barro. 
Chegamos ao Rio Celeste por volta das 13h. Para fazer a trilha completa leva 3horas e meia, mas pra gente isso iria durar muito mais, com certeza. A trilha é bem batida, por isso é difícil alguém se perder por ali, mas é preciso um pouco de preparo físico para agüentar o sobe e desce das montanhas. Depois de descermos 400 degraus, demos de cara com a uma cachoeira de águas azuis turquesa, linda, exuberante e difícil de ser descrita. Foi a cachoeria mais linda que eu já vi na vida. Ali ficamos horas nos deslumbrando de tanta natureza. Fizemos um lanchinho, queijo palmito (um queijo típico daqui, muito gostoso e que desfia como o pamito) e tortilhas. Depois de horas seguimos a trilha e chegamos a Laguna Azul, outra parte deslumbrante que faz parte do Parque Vulcán Tenório. Por fim terminamos a caminhada numa parte inacreditável da trilha que se chama Borbulhantes. As águas saem do fundo em forma de bolhas por causa da proximidade com o vulcão; é como estar numa piscina natural de massagem, uma maravilha. Voltamos para o carro acabados, mas felizes com tanta beleza e esqueci completamente da minha alergia.
Pegamos a estrada de volta e o novo destino era a região de Guanacaste. Tínhamos um hotel reservado perto de Tamarindo. A partir desse momento seguíamos em direção as praias do pacífico!
A volta não foi tarefa fácil, até chegarmos a estrada de asfalto passamos por alguns perrengues. No momento do aluguel do carro, o vendedor nos ofereceu um carro 4x4 e a gente não pegou porque achávamos que não era necessário e acabamos pecando terrivelmente nesse quesito no momento do planejamento da viagem. Passamos apertos sérios em várias curvas e ladeiras. Muitas vezes o carro não tinha força, os pneus estavam desgastados (outra coisa que não observamos) para encarar uma ladeira íngreme que chegávamos a pensar que não tínhamos saída a não ser chamar o reboque.
Mas enfim, o santo é forte e conseguimos subir a bendita ladeira. Já eram quase 6 da noite e tínhamos uma longa estrada pela frente até Tamarindo. E fomos seguindo algumas placas pelo caminho e os nossos instintos de viajantes. Pra falar a verdade, achávamos que a Costa Rica era muito menos sinalizada pelo que tínhamos lido em blogs e guias.
Chegamos no hotel as 9:30 da noite, e ele só estaria aberto até as 10, ufa! 
Isso é mais uma coisa da Costa Rica. O país vive intensamente o dia, e a noite todos dormem, vivem como os animais e como a natureza é feita para ser. Não adianta telefonar, buzinar na porta do hotel que eles não abrem e acabou. Isso é avisado na hora da reserva.
O hotel Hacienda J&J Bed and Breakfast era maravilhoso (obrigada senhor!). O banheiro super limpo e equipado com um chuveiro especial com terapia de luzes e águas massageantes. Eu dormi como um anjo e compensei a noite mal dormida da noite anterior. O dono é um francês que vive na Costa Rica há 12 anos e ficou muito alegre em falar com a gente em francês (já que a maioria dos turistas falam inglês e ele não fala), e também muito triste em saber que já estávamos de partida.
Deixamos o Hacienda e o simpático Jean Pierre e fomos para as praias tomar um café especial da Costa Rica em frente ao mar. Eu estou viciada no café da manhã deles que se resume a galo pinto (arroz e feijão, isso mesmo: é arroz e feijão de manhã, tarde e noite), um queijinho que só eles tem, tortilhas, suco da fruta, café costa riquenho, humm, uma delícia. Tomamos nosso reforçado café na praia de Brasilito, de areias negras, e fomos na praia vizinha Las Conchas, repleta de conchinhas de todos os tipos no lugar da areia o que faz um contraste lidíssimo. De lá seguimos para a playa Ventanas, totalmente deserta, linda e preservada mas decidimos visitar outras até chegarmos onde queríamos. Descemos mais a costa em direção a região de Guanacaste, onde seria a próxima parada e paramos na playa de Samara. Freqüentada por turistas e com alguns barzinhos, o que podemos nos refrescar com uma Imperial (cerveja local) que ninguém é de ferro. Essa praia é bem agradável de águas quentes e parece ser bem freqüentada.
De lá voltamos para a estrada e tivemos a sorte de ver o pôr do sol na playa de Carillo. Essa praia é muito especial e pelo visto muito adorada pelos ticos (como eles se chamam). São vários coqueiros em frente ao mar onde eles aproveitam para colocar as redes, descansar e fazer um churrasquinho por ali mesmo. Apesar da farofada, não vou negar que eu fiquei com água na boca daquelas redes penduradas, sombra e água fresca.
Falando em farofada, os ticos tem muito orgulho do seu país e cuidam muito bem dele. Todos levam a sua basura (lixo) de volta pra casa. Depois do pôr do sol, a playa estava limpa novamente como se ninguém tivesse estado por ali.
Nessa empolgação de seguirmos o litoral acabamos perdendo a entrada pra pegar a carretera e fomos parar num estrada de terra; a gente não tinha idéia do que esperava por a gente. Na saída da playa de Carillo, tivemos que atravessar um rio de carro, a sorte foi que tinha um tico muito gente fina e embriagado que nós deu toda a dica de como chegar do outro lado sem afundar o carro. E assim seguimos pela estrada de terra a 20 km por hora. Começou a escurecer e a estrada ia ficando mais esquisita e completamente deserta. Depois de 1 hora chegamos a um vilarejo onde um senhor nos informou de que a estrada seria de pedra e terra até o nosso destino final e que teríamos mais dois rios para atravessar de carro. Meu Deus! A gente, definitivamente, não estava preparado pra isso. Mesmo assim seguimos em frente. De repente um preto na frente, a estrada acabava ali e um rio enorme se mostrava a nossa frente com toda a sua força. Chegou mais um carro de um casal de americanos (mas com um carro 4x4 - merda mais uma vez!) que entraram no rio a pé (loucos) para analisar a profundidade do rio e por onde eles poderiam passar. Do nada, vem um cara numa moto descendo rio abaixo numa paz de dar nos nervos, rsrsrs - nesse momento da viagem a gente já estava quase entregando os pontos. Falamos com ele e advinha qual a primeira coisa que ele nos disse: - o carro de vocês não passa aqui não! Holy, holy, holy, e agora? O tico nos disse que tínhamos que voltar e pegar um outro caminho por onde não teria rios para atravessar. A coisa estava mais roots do que pensavámos! E lá fomos nós por uma estradinha mais doida ainda e mais cheia de pedras. A vista de uma ladeira íngreme levava o nosso coração a boca porque não tínhamos a certeza de que o carro iria subir. Numa ladeira dessas que eu vinha correndo como uma louca para pegar o impulso necessário para subir demos de cara com 2 carros atolados nas pedras (eram pedras mesmo, não terra batida ou outra coisa dessa categoria), e todo o impulso dado anteriormente não valeu de nada, tivemos que parar, dar ré e rezar para que o carro subisse. E ele subiu, uhuhuhu! Pois é, eu tive que dirigir porque o motorista estava passando mal ao lado por ter comido uma comida estragada que eu fiz de tudo para ele não comer e ele comeu de teimoso que é. A essa altura a nossa reza era pra que o carro não nos deixasse na mão depois do que ele passou esses dias. Já eram 10 da noite e estávamos quase desistindo de chegar a Tambor que era o nosso próximo destino. A gente não tinha mais energia e as esperanças estavam ficando no caminho. As cidades informadas no mapa eram apenas vilarejos com 3 e 4 casas e só. Nem uma alma penada pra nos ajudar, nenhum hotel, dormitório, nada! Estávamos ali ao Deus dará quando avistamos uma casa e um cara saindo dela que nos informou que era melhor seguirmos e que já já iríamos encontrar a estrada de asfalto. Depois de 6 horas de viagem, final do suplício! Chegamos ao hotel em Tambor a meia noite agradecendo a Deus por estarmos ali, sãos e salvos.
Acordamos meio baqueados da longa estrada que tivemos ontem mas com muita vontade de descobrir mais um pedacinho desse país fenomenal. Tomamos mais um café reforçado e seguimos para Montezuma que é um vilarejo hippie muito charmosinho. As pessoas são de uma paz e receptividade fora do normal. Nos bares e restaurantes as músicas que rolam são sons da natureza ou meditação. Foi lá que vi uma criança perguntando a mãe se ela podia chupar uma bala e a mãe respondeu pra ele que ali continha uma quantidade enorme de açúcar. Tranqüilamente ele largou a bala e fez a escolha dele o que me deixou de queixo caído. Mesmo numa cidade no fim do mundo, sem acesso, estradas péssimas, as pessoas têm consciência de alimentação e passam isso à diante. Na verdade lá eles devem ter muito mais consciência em relação a isso do que nós que vivemos expostos a informações diariamente.
Desse vilarejo seguimos para Malpaís e Santa Teresa. Largamos o carro e fomos andar pela praia. Logo encontramos um bar (Banana Beach) que era a nossa cara e ali colocamos a canga e deixamos o dia passar. Foi lá que encontramos a amiga francesa de Be e a família dela que mora há 6 anos e conhece todos em Malpaís. Ela nos mostrou um pouco mais do local, e nos contou o lado bom e ruim de viver ali. E foi nessa conversa que ficamos sabendo que os rios onde esbarramos no meio da estrada na noite anterior e os americanos andaram na água são cheios de crocodilos, já pensou?!? 
O astral de Malpaís é muito legal. É praia pra quem gosta de surfar, curtir um lounge, tomar uma imperial gelada e até fazer topless. Por essa região da CR todo mundo tem um quadriciclo por causa das péssimas condições das estradas e pelo custo benefício para mantê-lo. Depois do lindo pôr-do-sol seguimos para um restaurante francês no topo de uma montanha com uma vista deslumbrante mas não jantamos lá. Nos despedimos do pessoal, descemos a montanha e jantamos num restaurante japonês bem gostosinho. Para se comer bem na CR não é preciso pagar caro. Mesmo em restaurantes mais elaborados, os preços são acessíveis. Além disso, a comida é maravilhosa, então não há motivos para gastar mais do que o orçamento planejado. E foi assim que mais um dia acabou.
Chegamos a metade da viagem, acordamos com as galinhas, tomamos mais um daqueles cafés reforçado e seguimos viagem. Dessa vez o destino era Jacó, do outro lado do golfo. Fomos para o porto pegar a balsa que tinha acabado de sair e a próxima sairia em 2 horas. Finalmente atravessamos o Golfo de Nicoya num ferry lotado de ticos super animados e ao mesmo tempo cuidadores da natureza. Eles observam tudo, reclamam quando vêem alguém alimentando os animais, pedem as pessoas para apagar o cigarro, recolhem o lixo e fazem tudo mais o que for necessário para conservar o local. Falar da beleza do país não é mais novidade mas é cada lugar mais lindo do que o outro que é difícil não comentar. A travessia durou 2 horas o que não nos entediou nem um pouco porque conservação do Golfo de Nicoya não nos deixou pensar sobre o tempo.
No caminho para Jacó passamos na famosa ponte dos crocodilos e ficamos impressionados com a quantidade de crocodilos que vivem ali. Enormes e selvagens! A ponte dos crocodilos virou um ponto turístico onde é um ótimo lugar para tomar uma água de coco ou um suco da fruta bem gelado e trocar uma idéia com os ticos que são super agradáveis.
Chegamos em Jacó tarde, já era final do dia. Fomos ao hotel Villa Caletas para ver o pôr-do-sol que já tinha acontecido mas valeu a ida porque esse hotel é simplesmente fenomenal. Fica no topo de uma montanha e tem uma vista de Jacó de tirar o fôlego. Ótimo lugar para ir no final da tarde tomar um drink.
Jacó é a praia mais próxima da capital San José e por isso é a mais desenvolvida de todas elas também. Tem muito agito e tudo o que se encontra num lugar onde o turismo pega fogo. Jantamos por lá no melhor restaurante que achamos na CR, o Izaga, uma soda onde se come os melhores frutos do mar daqui. A comida é tão gostosa que voltamos lá um outro dia. Eu comi o arroz com mariscos nos dois dias e Be comeu um peixe com camarão ao molho branco e mariscos na manteiga e alho. Simplesmente divinos! Cada prato 10$. Tá vendo como se come bem e barato nesse país!?! Voltamos para Parrita onde estávamos hospedados e assim se foi mais um dia.
O café da manhã no hotel Beso Del Viento era servido das 7 às 8:30 o que nos obrigava a acordar com as galinhas. Esse hotel é muito bom mas tinha a questão do horário que era um saco mas enfim...depois do café acabei tendo uma surpresa, roubaram meu biquíni na pousada que ficamos em Tambor. Fiquei arrasada, principalmente porque era o biquíni que eu mais gostava, novinho e caro, paguei 100$ por ele quando fui ao Brasil:(. Liguei para lá, falei com o dono da pousada mas nada aconteceu, o que já era de se esperar. Passei o dia todo com raiva por me sentir de mãos e pés atados nesse momento.
Apesar da má notícia matinal o nosso dia foi maravilhoso. Fomos ao parque Manuel Antonio e esse foi, sem sombras de dúvidas, o ponto mais alto da viagem. Não é à toa que esse é o parque mais visitado por turistas. Foi o único lugar que pegamos uma filinha pra entrar debaixo de um sol escaldante.
 O parque é tudo o que a gente vê nas fotos e muito mais. É pequeno, por isso pode ser visitado inteirinho numa tarde e vale a pena cada passo dado. Tem 3 praias, a que leva o nome do parque é a mais cheia e de fácil acesso. A melhor é a última que fica quase vazia durante todo o dia, no entanto se anda mais até ela. Logo na entrada fomos recepcionados por vários macaquinhos da cara branca que não se sentiam nenhum pouco incomodados com a nossa presença. Eles pulavam pra lá e pra cá num ritual que só eles entendem. A cada passo dado, uma nova surpresa. Vimos uma preguiça se coçando no topo de uma árvore, uma cobra se balançando num tronco (essa deu medo), várias aves e macacos. As praias pareciam da minissérie Lost, a gente saia do mato e dava naquelas águas verdes rodeada por florestas. Esse dia foi muito especial. Apesar do cansaço no final do dia, tudo valeu a pena! Fomos os últimos a sair do parque e paramos na praia de Manuel Antonio (tem uma praia na cidade que fica do lado externo do parque) para nos deslumbrarmos mais uma vez com o pôr-do-sol. De lá fomos a um restaurante em Quepos, local e maravilhoso por indicação de um tico, Kukula.
No oitavo dia de viagem mudamos o roteiro e voltamos em direção a Jacó. Paramos um pouco na playa hermosa, onde rola o surf pesado, também na playa Jacó, almoçamos pela segunda vez no Isaga e pegamos o caminho de volta em direção a Uvita. A playa Jacó é a mais famosa mas a gente achou que faltava alguma coisa para nos atrair, então decidimos seguir viagem. No caminho passamos na playa Dominical, Dominicalito e Uvita. Todas essas são lindas e diferentes de todas que tínhamos ido até o momento. A areia é escura, proveniente dos vulcões e cheia de pedras mas a vegetação do lugar é riquíssima. 
Depois de um dia de praia seguimos para o hostel Cascada Verde. Esse foi o hostel mais legal e doido que a gente já foi na vida. Ele fica, literalmente, no meio da floresta e é todo estruturado de madeira e bambu. Os quartos são separados normalmente mas o teto não tem divisória o que vira um grande vão em que todos escutam todos. Foi lá onde encontramos um casal de brasileiros de Curitiba que eram voluntários. Eles iriam passar 1 mês lá trabalhando durante 4 horas por dia nos afazeres do hostel e em troca tinham casa durante esse tempo. A cozinha do hostel era super equipada e a galera era super prendada na arte da culinária vegan. Tinha gente do mundo todo, inclusive um canadense que só voltará pra casa no final de abril. Apesar do hostel ser super cool e do quarto confortável(com banheiro privado), eu tive uma péssima noite. A noite na floresta se escuta coisas que até Deus duvida e pra piorar tinha um cara que roncava demais num dos quartos vizinhos.
Acordei super cansada, nosso plano era ir a mais uma cachoeira de 4 km de caminhada, mudamos os planos. Fomos na cachoeira Uvita ao lado do hostel e de lá seguimos para as praias. Passamos na playa ballena e seguimos pra playa de Manuel Antonio. A melhor de todas na minha opinião, por isso decidimos voltar para aproveitar um pouco mais daquela região. E lá ficamos até o pôr-do-sol. O nosso último no país. De Manuel Antonio seguimos para San José, o que foi uma mudança nos planos mais uma vez mas que deu certo. Ficamos hospedados no City Express Costa Rica, um hotel novo e hiper confortável.

Nossa mudança nos planos ocorreu por causa de uma casinha feita de madeira que vimos no mercado central em San José. Durante todo esse tempo procuramos pelo país inteiro e não achamos (na nossa casa a gente coleciona artesanatos dos países que visitamos). Para essa missão quase impossível saímos cedo do hotel e fomos vasculhar o labirinto que é o mercado central. Por um momento pensei que não fossemos encontrar mas no último minuto encontramos a loja e a última casinha, a última da loja estava lá nos aguardando. Um dia li em algum blog que os artesanatos no mercado central são diferentes do resto do país e que se você gostar de algum compre-o porque não irá encontrar mais em lugar nenhum, mas eu não dei a mínima atenção a isso e hoje deixo aqui a minha dica também!
Por toda parte na CR a gente vê os ticos super empolgados assistindo as touradas. Um contraste a ser remarcado pelo fato deles serem tão protetores dos animais. Outra coisa que eles amam são as novelas brasileiras. Agora está passando a novela Lado a Lado, que é uma novela de época bem legal. 
E depois de 1651km rodados entregamos o carro no aeroporto e seguimos de volta pra casa já com os planos do próximo destino. Valeu Costa Rica, Pura Vida por tudo, foi lindo!!!