Olá a todos. Eu ando super atrasada com o
blog mas tenho muitas novidades para
contar. A última viagem foi Vancouver. Passei 5 semanas lá
participando do programa Explore que é uma bolsa de estudo patrocinada pelo
governo canadense para que a gente aprenda a segunda (ou terceira...) língua. Como a gente pode escolher à cidade, a
minha primeira opção foi Vancouver, claro! Ir pra Vancouver foi um presente do
Universo, não só por estar fincada naquela natureza linda que é Vancouver mas
também pela oportunidade de estar sozinha numa cidade onde eu não domino
(continuo não dominando) a língua e tendo que me virar da melhor forma
possível. Isso, realmente, é um crescimento único.
Como o
ditado diz : nunca estamos sozinhos nessa vida, acabei conhecendo uma pessoa muito querida,
uma peruana, da mesma idade que eu. A
gente se divertia muito falando inglês o tempo inteiro. Pegamos um mapa da
cidade e em apenas 4 dias eu já estava dominando Vancouver. Carolina (minha new
amiga) não se interessava muito por mapas mas o melhor é que ela confiava no
meu ‘’equilíbrio geográfico’’, hahaha.
Primeiro
passeio de boas vindas foi num navio navegando pelos canais de Vancouver. Tivemos
uma vista maravilhosa da cidade com um Dj tocando e muita comida e bebida. Foi
massa!!! Todo o tempo eu pensava : deus não dá asa a cobra, ehehe. Porque
estar em Vancouver sempre foi o sonho de Bernardo e quem estava ali era eu.
Vivendo uma coisa que ele iria se amarrar completamente.
No primeiro final de semana, nos fomos visitar
o Lynn Canyon que é uma linda cachoeira com uma ponte suspensa. Muitos
Vancouverities (quem nasce em Vancouver) vão lá para fazer exercício físico.
Depois do Lynn Canyon, eu e Carolina fomos para North Van (norte Vancouver)
conhecer a Grouse Mountain. Pegamos dois ônibus pra ir e ônibus e aquabus
(ônibus aquático) pra voltar e dali a gente percebeu que o transporte público
funciona perfeitamente bem. Para pegar ônibus tem que comprar o ticket antes,
eles são vendidos em farmácias. Tem o bloquinho com 10 tickets que sai mais em
conta e se compra para uma área só ( no meu caso downtown, já que o transporte
público cobre 3 áreas). Nos finais de semana nós podemos usar o mesmo ticket
para qualquer área. Bem, a Grouse Mountain é um dos pontos turísticos mais
visitados de Vancouver. De lá a gente tem uma linda vista do centro da cidade.
Muitas pessoas vão e sobem a pé a montanha. Eu fui decidida a subir andando mas
quando vi o tamanho da montanha desisti na hora. O jeito foi pegar o bondinho
que custa 45$ a primeira subida e quem quiser subir mais um pouco paga mais 5$.
Eu achei bem caro para o
que oferece.
Passamos o domingo caminhando pelo Sea
Wall, um grande calçadão que contorna English Bay Beach até False Creek. Na
English Bay a gente pode ver as imensas estátuas de bonecos que fazem caras e bocas,
bem legal! E os imensos troncos de árvores nas praias que são colocados de
propósito para servir de banco aos frequentadores do local. Muita gente gosta
de fazer essa passeio de bicicleta, eu fiz os dois e os dois são agradabilíssimos.
Em Vancouver
a natureza está presente em tudo. Cada casa tem seu lindo jardim e as plantas
tem uma presença especial, elas crescem e quase que entram nas casas sem
problemas. Todo mundo
respeita muito a natureza. E no meio do agito do centro de Vancouver está o
Stanley Parc. Neste parque nos podemos visitar os totens, o símbolo de Vancouver e do Canadá, o áquario de Vancouver (eu
não fui mas todos que foram elogiaram muito) que custa 16$ e é necessário em
média de 2 a 3 horas para ser bem apreciado e muito mais.
O ponto forte desse parque é alugar uma bicicleta e fazer o contorno dele inteirinho. Pra mim esse foi um dos melhores programas que fiz em Vancouver. Tem várias rent bikes em volta do parque (principalmente na Denman com Georgia St.) e cada loja varia muito o preço, vale a pena fazer uma pesquisa.
O ponto forte desse parque é alugar uma bicicleta e fazer o contorno dele inteirinho. Pra mim esse foi um dos melhores programas que fiz em Vancouver. Tem várias rent bikes em volta do parque (principalmente na Denman com Georgia St.) e cada loja varia muito o preço, vale a pena fazer uma pesquisa.
Quem for em
Vancouver, com certeza, irá escutar muito sobre Granville Island. É uma ilha-bairro
com muitas coisas interessantes para se fazer. Lá podemos apreciar o delicioso fish and chips para
todos os gostos no mercado municipal que como todo mercado vende boas coisas e
fresquinhas da região. Para quem gosta de cerveja, podemos apreciar os
novos(para mim) e deliciosos sabores fabricados na cervejaria Granville Island:
blueberry e maple, que são uma delícia, aprovadíssimos! O
mais interessante nessa cervejaria é que você só faz uma pedido, ou seja, se
você quiser experimentar todas o pedido deve ser feito de uma vez só. O lema
deles é : aqui é um lugar para degustar a cerveja e não se embriagar. Gostei
muito, ganhou mais um fã. Na Granville Island a gente também pode ver as casas
barcos como em Amsterdam e outra coisa interessante a se fazer é o passeio de
barco (8$), a gente pega um barquinho e passeia pelo canal com a bela e
riquissima vista do centro de Vancouver.
O Chinatown de Vancouver é legal, lá nós podemos
sentir o clima de como os chineses vivem e encontrar muita coisa diferente da
culinária. Melhor ainda é o ‘’night market’’ que começa as 18h. Pra quem gosta
de comprar bugigangas, esse é o lugar. Mas tenham muito cuidado com a rua
Pender Est, lá é o ponto dos drogados e dá pra sentir medo mesmo. O Dr. Sun Yat
Sen Classical Chinese Garden fica no Chinatown, para quem se interessa muito
pelas plantas chinesas vale a pena pagar 10$ para entrar mas também é possível
ver o jardim por fora que é gratuito.
Um dia da
semana eu e Carolina decidimos sair depois da aula, pegamos um busu e fomos
para o centro. Gostaríamos de visitar a Lookout Tower que é uma torre com a
vista da cidade. No Lookout a gente paga 10$ (estudante) e tem o direito de voltar
a hora que quiser no mesmo dia. A intenção é de ter a vista da cidade de dia e
de noite. Esse passeio vale muito a pena, lá de cima podemos ver o Canada
Place, que é um prédio em forma de barco e fica na beira da água, um dos pontos
mais visitados de Vancouver, vários
outros prédios (como o prédio mais ecológico de British columbia) e ruas
importantes. Depois do nosso passeio pelo Lookout, caminhamos até a ‘’orla’’,
lá visitamos o Canada Place que é hoje um centro comercial. Antigamente havia
um cinema e pelas informações que tivemos o cinema não existe desde 2008. Do
Canada Place fomos andando para Gastown, passamos pela Waterfront que é a
estação de metrô e aquabus mais movimentada de Vancouver. O prédio desta
estação é de 1914, vale a pena dar uma olhadinha nesse lindo e antigo prédio de
Van. Seguimos nossas andanças para Gastown, que foi o bairro que mais gostei em
Vancouver. É uma bairro boêmio com muitas lojas diferentes, bons restaurantes e
barzinhos. Gastown tem um clima de Europa, e é uma coisa bem diferente no meio
da moderna Vancouver aquele bairrozinho europeu pequeno e aconchegante.
Jantamos num restaurante japonês delicioso e barato, MomoSushi (Eu e Carolina
viramos clientes fiéis, algumas vezes saíamos da UBC só pra ir jantar lá).
Para quem gosta
de comprar é legal ir na Georgia Street com Burrard Street, é o centro das
compras, das marcas e tudo mais. A Robson St. também é legal mas um pouco mais
cara e arrumada. E é no centro que a gente pode saborear o famoso ‘’Japadog’’
que é um hot dog preparado a moda japonesa. Na verdade é a mesma coisa do nosso hot dog, a diferença é
que eles colocam umas algas cortadinhas por cima. A Davie St. também é bem
legal é a região GLS da cidade.
Um sábado decidimos ir passar o dia em
Victoria. Para se chegar lá é necessário pegar um ferry que custa 10$ cada
trecho e na estação de ferry pega um ônibus por 2,50$ para o centro da viagem. A
viagem inteira é longa, então é bom sair cedo. Victoria é uma cidade fofissima,
é a capital de British Columbia, então é bem cuidada, limpa, as pessoas são
educadas. Todos falam que o clima é melhor do que Vancouver mas
eu senti muito frio lá mesmo sendo primavera. Em Victoria nós fizemos o tour
pelo parlamento que é gratuito e um passeio de barco pelo canal que liga o rio
ao mar. Bons programas para conhecer mais o local e a cultura. Victoria é
conhecida por acolher muitos hippies, é bem comum vê-los pelas ruas. Vale muito
a pena visitar essa cidade, a viagem em si é belíssima e a cidade é muito
agradável.
Ufa! Tem
muita coisa pra falar de BC. Por fim, visitamos o Queen Elisabeth Park, ou
melhor, tentamos visitar. Para se chegar lá tem que subir uma ladeira e estar
em boas condições físicas. Não aconselho esse passeio para quem está a pé.
O que falar
de Vancouver? Eu só
tenho coisas boas pra resumir essa viagem. A cidade é linda, limpa, primeiro
mundo total. As pessoas são abertas e educadíssimas. Me senti muito bem lá
mesmo com o pouco inglês que tenho. Não passei aperto em nenhum momento, sempre
tinha alguém pra me ajudar. Vancouver é também cheia de
imigrantes, como todo o Canadá, mas eu pude perceber que os nativos e imigrantes
convivem muito bem entre si. O que distancia um imigrante do nativo é a língua
e como o inglês é uma língua fácil e falada por todos não existe tanta
disparidade entre cada cultura. Amei muito Vancouver, quem sabe um dia
moraremos lá. A única coisa que me desestimulou foi o clima. Choveu quase todos
os dias que eu estava lá e eu só vi o céu azul quatro vezes. Ai me pergunto o
que é melhor? Viver com chuva e inglês
ou neve e francês? Só o destino para
dizer o que nos aguarda.
Até o
próximo post. Minhas melhores saudações,
Roberta.